SABER ESPERAR

NO PAÇO DOS CUNHAS ALIÁMOS DOIS PATRIMÓNIOS: O MATERIAL E O IMATERIAL

A Vinha do Contador, com o património natural de castas ali plantadas, e o Tempo, esse imaterial património que contribui para que tudo seja melhor. O tempo que passa é algo que não se dá conta e não sabemos a sua exata medida. É o tempo suficiente. O tempo nunca passa depressa nem devagar. O tempo passa ao minuto, à hora, ao dia, e ao ano. As quatro estações são a marca que o tempo deixa. É no fim de cada ciclo da videira que o vinho nasce e, por isso, é de outono a outono que contamos o tempo. No Paço dos Cunhas não há pressa. É este o tempo que um Vinha do Contador tem que esperar. Enquanto esperamos que um fique pronto, preparamos o seguinte. Cultivamos a vinha que, em modo biológico, nos obriga a cuidar mais, a olhar mais por ela, a proteger as suas plantas. E esperamos que as montanhas ajudem a vinha, protegendo-a dos ventos, e dando-lhe apenas as necessárias horas de sol, nem mais, nem menos, horas de um sol que nasce por detrás da Serra da Estrela e se põe, para além do Caramulo.