REVISTA DE VINHOS | MAIO DE 2018

A PROVA DO GRANDE JÚRI

A prova do Grande Júri

Trata-se de uma edição limitada a 5200 garrafas; apenas 1000 são destinadas ao mercado nacional. Painel incluiu Charles Metcalfe, a Master of Wine canadiana Lynn Coulthard e a asiática Mabel Lai, da Hong Kong Wine Academy, entre outros.

O Dão é terra de grandes vinhos. Daqueles que combinam quase à perfeição musculatura e elegância. E este tinto, mais um da leva inesgotável do craque Osvaldo Amado, comprova esta tese no copo. E com louvor. Para ostentar o nome que tem, foi submetido a prova num painel com jornalistas de diversos países. O desafio era conseguir uma pontuação média que chegasse a, no mínimo, 94 pontos. Ganhou mais que isso. Mas para além do nome ou da interessante estratégia de marketing, o que temos é um tinto especial.

O painel de prova incluiu, entre outros, o crítico de vinhos britânico Charles Metcalfe, a Master of Wine canadiana Lynn Coulthard e a asiática Mabel Lai, da Hong Kong Wine Academy, entre cerca de duas dezenas de provadores. Refira-se que o evento decorreu no Paço dos Cunhas de Santar, no âmbito do programa de atividades da edição de 2018 da Essência do Vinho; irá repetir-se sempre que uma colheita de excecional qualidade coloque dúvidas aos responsáveis da Global Wines. Nestes casos, a empresa recorrerá sempre a um painel de críticos para que possam julgar o vinho.

18,5 | Vinha do Contador Grande Júri 2011
Dão | Tinto | Global Wines

Touriga Nacional, Aragonez e Alfrocheiro, provenientes de uma vinha especial, num lugar especial. O longo estágio em madeira não interfere na intensidade da fruta. Na verdade, ajuda a amarrar o conjunto harmonioso. E, pese a intensidade e riqueza aromática, é na boca que o Vinha do Contador exibe os melhores atributos. Traz a tensão e a força da juventude, envolvidas numa textura fina. É multidimensional, largo. E longo. Um tinto que justifica a fama que tem. Consumo: 2018 – 2026 | 16ºC